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sexta-feira, 23 de março de 2012

FIM DAS AULAS DE REFORÇO NA EDUCAÇÃO ESTADUAL




A Secretaria de Estado da Educação decidiu abandonar neste ano as atividades de reforço fora do período de aula regular aos alunos com dificuldades de aprendizagem --existente desde 1997.
Agora, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) promete atender alunos com dificuldade pondo mais um professor na sala para acompanhá-los nas aulas regulares.
O plano de colocar dois professores em sala de aula na rede paulista, porém, será aplicado apenas em salas grandes. Ou seja, se o estudante estiver numa sala menor e tiver dificuldades ficará sem nenhum apoio extra.
O segundo professor atuará apenas em turmas com 25 alunos ou mais nos primeiros anos do ensino fundamental; 30 nos anos finais; e 40 no ensino médio.
O governo afirma que, nas demais classes, o reforço deverá ser feito pelos docentes titulares durante aulas regulares. A pasta não informou o número de turmas nessa situação.
Segundo o governo, a chamada recuperação paralela contava com "baixa frequência". O número de atendidos não foi informado.
Até o ano passado, os alunos com dificuldades assistiam de duas a três aulas semanais fora do horário regular. As atividades eram dadas por docentes da rede.
Professores da capital, Campinas e Ribeirão Preto disseram que o motivo alegado pelos diretores para a mudança é que faltariam educadores para a recuperação extra por causa do projeto do segundo docente.

Críticas

"O segundo professor pode ajudar as aulas. Mas não deveria ser cortada a recuperação", disse Ocimar Alavarse, da Faculdade de Educação da USP. "Isso desconsidera que há aluno que precisa ficar mais tempo na escola.
A prática de ter duas pessoas dando aula numa mesma sala vem do governo José Serra (PSDB). Antes, porém, apenas universitários eram chamados como auxiliares.
Para a coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp, Maria Marcia Malavazi, acabar com as aulas de recuperação "é um equívoco".
"A recuperação paralela tinha problemas, porque os professores só repetiam o que já havia sido dado. Mas deveria ser melhorada."

Resposta

A Secretaria da Educação afirmou que abandonou a recuperação paralela porque havia "baixa frequência de alunos".
Além disso, disse, a alteração foi uma das solicitações de representantes de profissionais da rede em reuniões que contaram com 20 mil pessoas.
A pasta disse ainda que a mudança traz "ferramentas mais eficazes de recuperação".
A modalidade que vale para o ensino fundamental e médio prevê o segundo professor em parte das classes e deverá começar a valer em maio.
Nas turmas menores, "a recuperação será feita pelo docente titular, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional".

Por Folha

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