'Acabou a eleição e desci do palanque para trabalhar pela cidade'
Deputado estadual Edinho Silva (PT) visita a redação da 'Tribuna Impressa' e avalia o cenário político em 2012
30/12/2012 - 08:34
Manoela Marques
Manoela Marques
Manoela — Qual o balanço de sua atuação como deputado em 2012?
Edinho — O trabalho foi positivo, mas o ano foi muito difícil. A segurança pública foi a grande questão e, na minha avaliação, o Estado enfrentou a pior crise da história. Mas o destaque positivo para Araraquara foi o trabalho feito na Santa Casa, com liberação de verbas e credenciamento dela como hospital-escola. Além disso, há grandes feitos para o desenvolvimento econômico e regional, avanço nos diálogos para retirada dos trilhos e a cidade como subsede da Copa.
Manoela — Como você avalia o atual governo da cidade e o resultado do processo eleitoral?
Edinho — Sempre tenho muita cautela em opinar porque fui prefeito e pode ficar parecendo que eu quero praticar ingerência. Eu governei, acho que todos têm o mesmo direito. É evidente que em algumas áreas tenho opiniões críticas e faria diferente, em outras penso que o atual governo foi melhor, então, tenho procurado respeitar. Na campanha eleitoral, eu defendia um projeto diferente e a candidatura da Márcia Lia, sempre procurando fazer crítica somente ao projeto e acho que foi um belíssimo resultado. A cidade escolheu assim e a minha posição é que acabou a eleição e eu desci do palanque. Os interesses da cidade estão acima da eleição e não podemos trabalhar em função de disputa a cada dois anos.
Manoela — Já pensando então em 2014, você sairá candidato a deputado federal?
Edinho — Em 2010 já existia essa possibilidade, mas optei por ficar em São Paulo, por conta da presidência estadual do PT. Como não posso me reeleger mais e devo deixar o cargo em novembro, a tendência é que eu saia sim como federal.
Manoela — Como você avalia a Câmara de Araraquara, a atuação da oposição e as polêmicas?
Edinho — É difícil analisar isso de fora porque o Legislativo tem uma vida própria, mas vejo a oposição como natural e salutar, pois defende apenas um pensamento diferente. Não vejo a oposição saindo do campo das críticas políticas para ofensas pessoais e isso é democracia. Quanto às polêmicas, penso que temos um aperfeiçoamento dos mecanismos de fiscalização e fortalecimento da sociedade, mas me preocupa que muitas vezes a política vire questão policial.
Manoela — Como no Mensalão?
Edinho — O Mensalão é um marco histórico da mudança política. Mas ressalto que deveriam ser discutidas as regras e não somente a punição, ou ficaremos sempre esperando qual será o próximo caso, ao invés de procurarmos as brechas na lei que levam a isso.
Edinho — O trabalho foi positivo, mas o ano foi muito difícil. A segurança pública foi a grande questão e, na minha avaliação, o Estado enfrentou a pior crise da história. Mas o destaque positivo para Araraquara foi o trabalho feito na Santa Casa, com liberação de verbas e credenciamento dela como hospital-escola. Além disso, há grandes feitos para o desenvolvimento econômico e regional, avanço nos diálogos para retirada dos trilhos e a cidade como subsede da Copa.
Manoela — Como você avalia o atual governo da cidade e o resultado do processo eleitoral?Edinho — Sempre tenho muita cautela em opinar porque fui prefeito e pode ficar parecendo que eu quero praticar ingerência. Eu governei, acho que todos têm o mesmo direito. É evidente que em algumas áreas tenho opiniões críticas e faria diferente, em outras penso que o atual governo foi melhor, então, tenho procurado respeitar. Na campanha eleitoral, eu defendia um projeto diferente e a candidatura da Márcia Lia, sempre procurando fazer crítica somente ao projeto e acho que foi um belíssimo resultado. A cidade escolheu assim e a minha posição é que acabou a eleição e eu desci do palanque. Os interesses da cidade estão acima da eleição e não podemos trabalhar em função de disputa a cada dois anos.
Manoela — Já pensando então em 2014, você sairá candidato a deputado federal?
Edinho — Em 2010 já existia essa possibilidade, mas optei por ficar em São Paulo, por conta da presidência estadual do PT. Como não posso me reeleger mais e devo deixar o cargo em novembro, a tendência é que eu saia sim como federal.
Manoela — Como você avalia a Câmara de Araraquara, a atuação da oposição e as polêmicas?
Edinho — É difícil analisar isso de fora porque o Legislativo tem uma vida própria, mas vejo a oposição como natural e salutar, pois defende apenas um pensamento diferente. Não vejo a oposição saindo do campo das críticas políticas para ofensas pessoais e isso é democracia. Quanto às polêmicas, penso que temos um aperfeiçoamento dos mecanismos de fiscalização e fortalecimento da sociedade, mas me preocupa que muitas vezes a política vire questão policial.
Manoela — Como no Mensalão?
Edinho — O Mensalão é um marco histórico da mudança política. Mas ressalto que deveriam ser discutidas as regras e não somente a punição, ou ficaremos sempre esperando qual será o próximo caso, ao invés de procurarmos as brechas na lei que levam a isso.
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