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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

GAVIÃO PEIXOTO...MAIS UM ANIVERSÁRIO DA CIDADE DE ASAS...

HISTÓRIA DA CIDADE DE ASAS COM MUITAS FOTOS


Aproveitando que a foto que ilustra este site, e da parte central de Gavião Peixoto, aqui a história da Cidade de Asas...já que com certeza muitos devem desconhecer sua veracidade...

HISTÓRIA DA CIDADE




HISTÓRIA DA CIDADE

Gavião Peixoto tem origem no início do século. O governador do Estado implantou uma política de interiorização habitacional e foi criado o projeto de Nova Europa, Nova Paulicéia e Gavião Peixoto. O decreto de criação da cidade foi assinado em 12 de janeiro de 1907. As terras pertenciam a Sesmaria de Cambuhy, cujo proprietário era o Conselheiro Bernardo Avelino Gavião Peixoto. Em sua homenagem, o núcleo formado às margens do Rio Jacaré-Guaçu, recebeu seu nome. Depois veio a ferrovia, por meio da estrada de ferro Douradense, útil para o escoamento da produção e para o transporte de pessoas e cargas. A usina hidrelétrica, construída pela Companhia de Força e Luz de Jaú, começou a ser formada em 1908. Os operários ficavam alojados no local onde é hoje a praça da cidade. Com a usina, interesses econômicos trouxeram novos habitantes para Gavião Peixoto. Hoje, pretencendo a CPFL, a usina ainda fornece energia, por meio de seus geradores originais importados da Inglaterra. Muitos russos vieram para a cidade na época da Revolução Russa. Com a febre amarela, essa colônia russa foi praticamente dizimada. Hoje, resta apenas um cemitério no bairro rural de Nova Paulicéia. A ferrovia foi desativada em 1969 e a cidade só volta a ter acesso fácil às cidades da região por meio das rodovias (SP-331 e Rodovia Nelson Barbieri, que liga Gavião Peixoto a Araraquara. O fim da estrada de ferro provocou um declínio na economia do local, agravado com a quebra na lavoura do algodão. A cultura de laranja responde por 53% da economia e a cana-de-açúcar por mais 38%. No caso da laranja quatro empresas dominam o setor: Fischer, Cutrale, Marchesan e Maruiama. Uma nova fase na economia de Gavião Peixoto está para começar, o município foi escolhido para ser sede da segunda fábrica da Embraer.







ESTAÇÃO: A estação de Gavião Peixoto deu origem ao distrito do mesmo nome, no município de Araraquara e foi inaugurada em 1908, juntamente com as estações de Nova Paulicéia e Nova Europa, mais à frente na nova linha. Era originalmente uma das três colônias resultantes do desmembramento em 1908 do Núcleo Colonial do Cambuhy, organizado pelo Governo já visando, ao que parece, a chegada da ferrovia. As terras da agora cidade foram

ACIMA: A notícia do jornal O Estado de S. Paulo de 2 de abril de 1908 foi reproduzida na seção especial do jornal cem anos mais tarde: inaugurada a estação de Gavião Peixoto (O Estado de S. Paulo, 2/4/2008). ABAIXO: O núcleo de Gavião Peixoto, em 1918. A estação não aparece na foto. (Da revista A Vida Moderna, 1918).
doadas no final de 1906 ao Governo do Estado pelo Conselheiro Gavião Peixoto: aí a origem do nome. No início, o distrito era Nova Paulicéia, mas Gavião Peixoto cresceu mais e tornou-se a sede. Em 1930, o pátio da estação foi "fechado" por exigência da Câmara Municipal (de Araraquara), ou seja, foi cercado com ripões de madeira, no caso. Em 1949, a estação passou a fazer parte do ramal de Ribeirão Bonito, da Cia. Paulista. Desativada em 1969, a estação sobrevive até hoje. Ficou abandonada até meados da década de 80, quando foi comprada e restaurada por um casal da cidade, os srs. Luiz e Maria Azolino. Maria conta que a mãe de Luiz, uma alemã imigrante, chegou à cidade de trem descendo ainda numa estação provisória, situada segundo ela antes da atual, uma paradinha coberta. Os laços com a estação ficaram muito fortes e os Azolino decidiram que a estação deveria ser preservada. Atualmente é a casa em que eles moram, com um grande jardim, bonito e arborizado, sendo que a plataforma está praticamente igual ao que era nos áureos tempos. Quanto à cidade, Gavião Peixoto tornou-se município em 1995, mas ainda é muito pequena e calma. (Fontes: Relatório da E. F. Dourado, 1909; Maria Azolino, 2002; Museu do Imigrante de São Paulo; A Vida Moderna, 1918; Arquivo do Estado de São Paulo; Ralph M. Giesbrecht, 2002; O Estado de S. Paulo, 21/12/1906; O Estado de S. Paulo, 2/4/2008; Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local)

Capa do estudo que deu origem aos núcleos de Gavião Peixoto, Nova Paulicéia e Nova Europa, no início do século. Acervo do Arquivo do Estado de São Paulo

Ao fundo, à direita, a estação de Gavião Peixoto. Foto de cerca de 1911, a partir de original do Museu do Imigrante de São Paulo

Em 30/04/2002, a velha estação de Gavião Peixoto ainda existe, imponente...

...com detalhes do passado glorioso...

...quando nesta plataforma desembarcavam imigrantes cansados...

...mas numa época de esperanças, onde a bilheteria funcionava a todo vapor. Fotos Ralph M. Giesbrecht

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