Encontro Nacional de Prefeitos aquece o mercado do sexo em Brasília
27 de Janeiro de 2013 - 15h00
O Encontro Nacional de Prefeitos, que
aconteceu de segunda-feira (28) e o dia 30 de janeiro, aquece o
mercado de Brasília nestes dias. E o mercado de sexo não deve ficar de
fora. Ao menos essa é a expectativa de prostitutas e empresários do setor
ouvidos pelo R7,
além de comerciantes de outros serviços, como locadoras de veículos. Todos
garantem que em anos anteriores, esse tipo de evento, que reúne uma quantidade
muito grande de pessoas, impulsiona o mercado local de uma forma
geral.
Para algumas prostitutas, em especial as
de luxo, o público que estará em Brasília nesses dias tem alto poder aquistivo e
poderá pagar mais pela hora do programa. Elas garantem que existem muitos homens
sozinhos neste tipo de encontro.
O evento, coordenado pela Secretaria de
Relações Institucionais da Presidência da República, deve reunir cerca de 20.000
pessoas, entre políticos, assessores, empresários e prestadores de serviço. Para
as profissionais do sexo, esse momento é um "prato cheio".
A primeira recepção do Governo Federal
aos novos prefeitos aconteceu em 2009. A realização do evento integra as ações
de apoio federal à gestão local e ao fortalecimento do diálogo direto entre
União e municípios.A acompanhante de luxo Bruna*, de 29 anos, cobra R$ 400 pela
hora do programa e garante que a próxima semana será de bastante serviço.
Recentemente, a jovem trocou as próteses de silicone, fez tatuagens em posições
estratégicas do corpo e está terminando um curso de Inglês na intenção de se
capacitar para receber o público durante a Copa
das Confederações, este ano, e no Mundial de 2014.
Profissional do sexo há 14 anos, Bruna*
disse que pelo menos uma vez por semestre, períodos em que encontros normalmente
acontecem no Distrito Federal, a agenda dela fica lotada durante toda a semana
com atendimentos a políticos e assessores. Por conta dessa experiência, a
acompanhante de luxo conseguiu formar uma carteira de clientes fiéis que sempre
a procuram quando estão na cidade e reúne uma série de histórias que quase
sempre são mantidas em segredo. À reportagem do R7,
ela revelou uma delas.
— Tem um político conhecido nacionalmente, muito querido pelo povo, que sempre me procura. Ele é de outro estado, casado, tem filhos e vive aqui em Brasília. O problema é que sempre que vem ele pede para que eu chame um amigo travesti, também de luxo, para participar do programa.
— Tem um político conhecido nacionalmente, muito querido pelo povo, que sempre me procura. Ele é de outro estado, casado, tem filhos e vive aqui em Brasília. O problema é que sempre que vem ele pede para que eu chame um amigo travesti, também de luxo, para participar do programa.
Para esses políticos que querem ser mais
discretos, o atendimento é feito em domicílio. Bruna* relatou que eles alugam
flats, onde descansam nos momentos de folga, e pedem para que ela vá até lá para
fazer o programa. O procedimento para entrar, porém, costuma ser burocrático. A
acompanhante não pode levar a bolsa e é revistada por um segurança particular,
porque é proibido filmar, gravar ou usar de qualquer outro meio que possa
colocar, de alguma forma, a imagem pública do político em xeque.
— É uma garantia que eles têm. Só entro
com a roupa do corpo e nada mais. Pagam bem, faço o que eles querem, mas a
maioria dos atendimentos é assim. Para os que não se importam, mantenho alugado
um apartamento no Sudoeste que uso só para receber meus clientes. Meu marido,
meus amigos e família não sabem da existência do imóvel.
Bruna* disse ainda que quando há grandes
eventos na cidade, com o encontro de prefeitos, o mercado do sexo fica tão
aquecido na capital federal que faltam garotas de programa. Por isso, ela e
outras amigas mantém contatos com acompanhantes de luxo de regiões do Entorno do
DF que são acionadas quando há demanda. Elas são "importadas" com uma certa
frequência e ficam com os políticos e/ou assessores enquanto for necessário, com
tudo pago, inclusive as passagens de ônibus de ida e volta.
Casas de
show e pubs
No entanto, não são todos os políticos
que se preocupam com a discrição. Alguns lotam as principais casas de shows e
pubs da capital federal com amigos e acompanhantes em "happy hours". O dono de
uma empresa responsável por alugar vans para esse tipo de ocasião, Gilberto
Menezes, confirmou que o mercado do sexo fica bastante aquecido durante esses
eventos políticos.
Ele explicou que prefeitos, vereadores,
deputados e assessores alugam as vans dele e os motoristas ficam por conta. A
preferência é por duas casas de shows no Sig (Setor de Indústrias Gráficas) e um
pub que fica dentro de um hotel de luxo na Asa Sul, área central de
Brasília.
— Esses são os lugares onde os políticos
que não se preocupam muito com a exposição frequentam com as respectivas
acompanhantes.
Economia
movimentada
Durante esses encontros, a economia do
Distrito Federal, de uma forma geral, fica mais movimentada. O dono da locadora
de vans, por exemplo, fica com todos os carros e motoristas ocupados nessas
épocas e garante que além do mercado do sexo ficar bem agitado, empresários do
setor hoteleiro, donos de restaurantes, boates e até mesmo os taxistas lucram
bastante.
— Fica tudo bem agitado, há muita
movimentação de dinheiro nessa época.
* Nome fictício a pedido da
entrevistada
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.