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terça-feira, 13 de novembro de 2012

SHEIK PASSA POR AUDIÊNCIA E MUNDIAL FICA EM RISCO

No Rio, Sheik passa por audiência e ida ao Mundial fica em risco

Atacante do Timão foi denunciado por contrabando e lavagem de dinheiro e sentença pode ser proferida nesta terça. Ministério Público pode reter seu passaporte

Emerson Sheik - Corinthians (Foto: Eduardo Viana)
Emerson Sheik foi liberado pelo Corinthians para viajar ao Rio de Janeiro onde, nesta tarde, passa por uma audiência de instrução e julgamento, na 3ª Vara Federal Criminal, pelos crimes de contrabando e lavagem de dinheiro. A informação é da ESPN.

Denunciado pela compra de duas BMWs modelos X6, importadas ilegalmente dos Estados Unidos em 2010 e apreendidas na operação Black Ops, o camisa 11 do Timão pode ter a sua sentença proferida já nesta tarde. Após ouvir testemunhas e o depoimento do jogador, o juiz Fabrício Antônio Soares pode tomar duas decisões: ou proferir a sentença ou pedir mais provas e marcar uma nova data para o julgamento.

Independente de a decisão sair nesta terça-feira ou não, o Ministério Público Federal pode pedir a apreensão do passaporte do jogador ao juiz caso considere que exista o risco de o réu fugir do país. Caberá ao juiz acatar ou não ao pedido. Em caso positivo, Sheik seria impediro de viajar ao Japão para a disputa do Mundial de Clubes, em dezembro.

Por ser um julgamento de primeira instância, cabe recurso a qualquer decisão.

ENTENDA O CASO

Diguinho, do Fluminense, também é réu no processo. De acordo com a denúncia do MP, ambos tinham "ciência do esquema criminoso" e agiram com "má fé" para tentar esconder a origem ilícita do carro. Emerson garante que comprou um BMW branco e que mandou o dinheiro para o exterior, mas que essa compra não foi feita pela loja Euro Imported Cars - Automóveis e Veículos, que é de propriedade de Haylton Scafura, filho do bicheiro José Caruzzo Scafura, o "Piruinha". Escutas telefônicas, porém, indicam o contrário.

O jogador diz que não adquiriu o veículo nessa loja, mas sim de um amigo dele da Tijuca, chamado Marcelo Caetano. Garantiu que esse carro não chegou a passar ao nome dele, e que o automóvel ficou na casa dele durante um mês, sem que ele recebesse a documentação do carro. Assim, sem que a documentação tivesse ido para o nome dele, revendeu a BMW para Diguinho. Ambos dizem terem pago R$ 320 mil pelo automóvel, mas as notas fiscais são de valores menores.
Em caso de condenação, a pena para ambos os crimes é de, no mínimo, quatro anos de prisão, podendo chegar a 14 anos - em regime aberto, semi-aberto ou fechado, dependendo da decisão judicial.

O Corinthians diz ter ciência da gravidade do problema que o atacante tem na Justiça e aguarda o desenrolar dos fatos. Ricardo Cerqueira, advogado de Sheik, atendeu a reportagem do LANCENET! por telefone mas, impossibilitado de falar, disse que dará entrevistas ao final do julgamento.

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