Mais de 1 milhão tratou câncer de mama sem precisar, diz estudo
Pesquisa reavaliou tratamentos feitos nos EUA nos últimos 30 anos.
Resultados representam novo questionamento à eficácia da mamografia.
Mais de 1 milhão de mulheres americanas fizeram tratamentos desnecessários e invasivos contra o câncer de mama nos últimos 30 anos, devido às mamografias de rotina que detectaram tumores inofensivos, segundo um estudo publicado esta quinta-feira (22).
"Concluímos que as mamografias detectaram tumores que jamais se desenvolveram até produzir sintomas clínicos em 1,3 milhão de mulhares nos últimos 30 anos", explicaram os autores do estudo, Gilbert Welch, da Faculdade de Medicina de Dartmouth e Archie Bleyer, da Universidade de Ciências do Oregon, ambas nos EUA.
Os cientistas analisaram dados epidemiológicos para determinar a frequência dos tumores de mama descobertos precocemente e os casos de câncer diagnosticados em estado avançado em mulheres a partir dos 40 anos, entre 1976 e 2008.
Depois que o uso da mamografia nos Estados Unidos se sistematizou, o número de casos de câncer de mama detectados na fase inicial dobrou, mas a taxa de mulheres diagnosticadas com câncer avançado diminuiu apenas 8%.
Segundo os cientistas, as mamografias não têm conseguido detectar de forma eficaz os cânceres avançados, mas paralelamente conduziram a um diagnóstico excessivo desta doença na fase inicial, correspondente a 31% em 2008, percentual equivalente a 70 mil mulheres.
O estudo concluiu que a forte queda da mortalidade por câncer de mama se explica principalmente pela melhora dos tratamentos e não pela detecção precoce dos tumores através de mamografias.
Esta pesquisa se soma a outros trabalhos publicados em anos anteriores que questionam a utilidade das mamografias de controle.
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Os resultados da pesquisa, publicados pela revista médica "New England Journal of Medicine", semeiam novas dúvidas sobre a eficácia da mamografia, exame recomendado, mas também fonte de controvérsia. O objetivo da mamografia é detectar os tumores antes que se espalhem e sejam mais difíceis de tratar."Concluímos que as mamografias detectaram tumores que jamais se desenvolveram até produzir sintomas clínicos em 1,3 milhão de mulhares nos últimos 30 anos", explicaram os autores do estudo, Gilbert Welch, da Faculdade de Medicina de Dartmouth e Archie Bleyer, da Universidade de Ciências do Oregon, ambas nos EUA.
Hoje, mamografia é exame de rotina para o
diagnóstico do câncer de mama
(Foto: Reprodução EPTV)
Os tratamentos contra o câncer de mama costumam envolver intervenções complexas -- como cirurgias, tratamentos radiológicos, terapias hormonais e quimioterapias --, que são preferíveis evitar nos casos em que não forem indispensáveis, destacou o estudo.diagnóstico do câncer de mama
(Foto: Reprodução EPTV)
Os cientistas analisaram dados epidemiológicos para determinar a frequência dos tumores de mama descobertos precocemente e os casos de câncer diagnosticados em estado avançado em mulheres a partir dos 40 anos, entre 1976 e 2008.
Depois que o uso da mamografia nos Estados Unidos se sistematizou, o número de casos de câncer de mama detectados na fase inicial dobrou, mas a taxa de mulheres diagnosticadas com câncer avançado diminuiu apenas 8%.
Segundo os cientistas, as mamografias não têm conseguido detectar de forma eficaz os cânceres avançados, mas paralelamente conduziram a um diagnóstico excessivo desta doença na fase inicial, correspondente a 31% em 2008, percentual equivalente a 70 mil mulheres.
O estudo concluiu que a forte queda da mortalidade por câncer de mama se explica principalmente pela melhora dos tratamentos e não pela detecção precoce dos tumores através de mamografias.
Esta pesquisa se soma a outros trabalhos publicados em anos anteriores que questionam a utilidade das mamografias de controle.
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