tradicional slogan de propaganda do Ministério da Saúde "Se beber, não dirija" não comoveu 654 motoristas de Araraquara em 2011. Esta é a quantidade de pessoas autuadas em flagrante pela Polícia Rodoviária da cidade por embriaguez ao volante nas pistas da região. O número é quase o triplo dos 273 casos registrados pelos 14 bafômetros em 2010.
Na última operação de verão, realizada entre o dia 16 de dezembro de 2011 e 30 de janeiro de 2012, 35 motoristas foram autuados em flagrante, contra 12 autuações no mesmo período no verão passado.
Para o delegado de trânsito de Araraquara, Edivaldo Ravenna Picazo, os dados comprovam que muitos motoristas não dão a mínima para a Lei Seca. "Este negócio do motorista poder se negar a passar pelo bafômetro, mesmo com fortes sinais de que está bêbado, tirou toda a credibilidade da lei", comenta o delegado.Condenação
Desde o início da vigência da nova Lei Seca, em 2008, Araraquara registra apenas uma condenação judicial por homicídio causado por embriaguez ao volante. Em 14 de abril de 2011, um agricultor de 65 anos foi condenado a oito anos de reclusão por causar a morte de uma criança de 2 meses, filho da dona de casa Graciele Barbosa. O acidente aconteceu em 2009, na estrada que liga Gavião Peixoto a Nova Europa. Mas a pena está sendo cumprida em regime aberto.
A avó da criança, Maria Aparecida Santos Barbosa, de 67 anos, ao recordar perda do neto lamenta o formato da lei. "Do jeito que está, não vira nada." O avô, Osvaldo Barbosa, completa. "Quem bebe, sabe muito bem o que faz."
Na noite do dia 31 de janeiro, um motorista de 51 anos, que dirigia um Kadett pela Rua João Bosco Antônio da Silva Faria, no Jardim Martinez, Região Sudeste, foi flagrado pela Polícia Militar embriagado ao volante.
Os policiais militares só conseguiram apreender o carro depois de gastar muito tempo para convencer o motorista a passar pelo bafômetro. Para o delegado Ravenna, este tipo de situação só mudará quando a Lei Seca permitir autuação para quem apresentar sinais visuais de embriaguez. "Tem de inverter as coisas para obrigar o motorista a produzir contraprova e dizer que não estava bêbado."
Enquanto isto não acontece, o comandante da Polícia Rodoviária, tenente Luciano Didone, avisa. "A fiscalização vai continuar rígida, não bebam."
Nova Lei
O Governo Federal pretende tornar a Lei Seca mais rígida. Poderão ser aceitos como provas depoimentos testemunhais, fotos ou até mesmo um vídeo para enquadrar o condutor bêbado
Análise
Alertas para o risco do álcool
A sensação de euforia que sentimos depois de consumir várias doses de bebida alcoólica deveria servir de alerta para a pessoa não pegar no volante. Porque este é o primeiro sintoma da falta de condições para dirigir. A partir de 0,3 miligramas de álcool no sangue, o motorista tem redução de reflexo e percepção. A explicação é simples: para casa dose a mais de bebida, menos reflexos, justamente o que as pessoas precisam ter para evitar acidentes. Também é importante dizer que a lei estabelece o limite de 0,2 miligramas de álcool, mas este é um índice médio. Pode ter pessoas que neste estágio já estejam sem condições de pegar o volante. Tudo varia conforme o metabolismo. O mais adequado mesmo é não beber antes de dirigir.
Na última operação de verão, realizada entre o dia 16 de dezembro de 2011 e 30 de janeiro de 2012, 35 motoristas foram autuados em flagrante, contra 12 autuações no mesmo período no verão passado.
Para o delegado de trânsito de Araraquara, Edivaldo Ravenna Picazo, os dados comprovam que muitos motoristas não dão a mínima para a Lei Seca. "Este negócio do motorista poder se negar a passar pelo bafômetro, mesmo com fortes sinais de que está bêbado, tirou toda a credibilidade da lei", comenta o delegado.Condenação
Desde o início da vigência da nova Lei Seca, em 2008, Araraquara registra apenas uma condenação judicial por homicídio causado por embriaguez ao volante. Em 14 de abril de 2011, um agricultor de 65 anos foi condenado a oito anos de reclusão por causar a morte de uma criança de 2 meses, filho da dona de casa Graciele Barbosa. O acidente aconteceu em 2009, na estrada que liga Gavião Peixoto a Nova Europa. Mas a pena está sendo cumprida em regime aberto.
A avó da criança, Maria Aparecida Santos Barbosa, de 67 anos, ao recordar perda do neto lamenta o formato da lei. "Do jeito que está, não vira nada." O avô, Osvaldo Barbosa, completa. "Quem bebe, sabe muito bem o que faz."
Na noite do dia 31 de janeiro, um motorista de 51 anos, que dirigia um Kadett pela Rua João Bosco Antônio da Silva Faria, no Jardim Martinez, Região Sudeste, foi flagrado pela Polícia Militar embriagado ao volante.
Os policiais militares só conseguiram apreender o carro depois de gastar muito tempo para convencer o motorista a passar pelo bafômetro. Para o delegado Ravenna, este tipo de situação só mudará quando a Lei Seca permitir autuação para quem apresentar sinais visuais de embriaguez. "Tem de inverter as coisas para obrigar o motorista a produzir contraprova e dizer que não estava bêbado."
Enquanto isto não acontece, o comandante da Polícia Rodoviária, tenente Luciano Didone, avisa. "A fiscalização vai continuar rígida, não bebam."
Nova Lei
O Governo Federal pretende tornar a Lei Seca mais rígida. Poderão ser aceitos como provas depoimentos testemunhais, fotos ou até mesmo um vídeo para enquadrar o condutor bêbado
Análise
Alertas para o risco do álcool
A sensação de euforia que sentimos depois de consumir várias doses de bebida alcoólica deveria servir de alerta para a pessoa não pegar no volante. Porque este é o primeiro sintoma da falta de condições para dirigir. A partir de 0,3 miligramas de álcool no sangue, o motorista tem redução de reflexo e percepção. A explicação é simples: para casa dose a mais de bebida, menos reflexos, justamente o que as pessoas precisam ter para evitar acidentes. Também é importante dizer que a lei estabelece o limite de 0,2 miligramas de álcool, mas este é um índice médio. Pode ter pessoas que neste estágio já estejam sem condições de pegar o volante. Tudo varia conforme o metabolismo. O mais adequado mesmo é não beber antes de dirigir.
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