BRUNO...SONHA FAZER HISTÓRIA NO MMA...ELE MINISTRA AULAS EM GAVIÃO

Bruno Anel vence no X-fight e sonha com o TUF

Lutador de Araraquara comemora novo nocaute e sonha com vaga no TUF Brasil

02/05/2013 - 03:00
Felipe Santilho- Felipe Santilho

               

Bruno Anel, após vitória no X-Fight (Foto: Kris Tavares)

Dono do principal nocaute da noite na quinta edição do X-Fight, disputado no final de semana, em Araraquara, o lutador Bruno Anel, de 22 anos, quer fazer história no MMA.

Um ano após reportagem da Tribuna Impressa em que o atleta pedia patrocínio para não ter de abandonar o esporte, pouca coisa mudou. Em meio aos treinos pesados, ele continua ajudando o pai aos finais de semana, trabalhando como ajudante de pedreiro.

“Não posso deixar meu pai na mão, pois é no final de semana que o trabalho aumenta. Além disso, é um dinheiro que entra e acaba me ajudando bastante, já que tenho apenas ajuda da Kibelanche, do Restaurante Costelão e da Farmácia Santa Paula. São eles que estão fazendo meu sonho se tornar realidade”, diz o lutador, que é dono de um cartel de cinco nocautes em seis combates.

Os bons resultados, no entanto, têm garantido a Anel oportunidade de fazer o que ele mais gosta: lutar. A organização do X-Fight já confirmou sua participação nas próximas duas edições do evento.

“No final do ano passado, tentei entrar no TUF Brasil. Fiz os testes, mas fui desclassificado. Mas, este ano, vou novamente. Quando a gente sonha não podemos desistir. Uma porta se fecha e outras se abrem”, fala.

Porta de entrada para o UFC, o TUF Brasil seria o primeiro passo para a realização de um sonho. “Meu sonho é chegar ao UFC”, conta o lutador, que tem transformado o X-Fight numa atração à parte em suas entradas. “Entro com a música ‘O Papai Chegou’, que a rapaziada gosta e vamos sempre inovando. Já entrei para lutar com o chapéu e a marreta de pedreiro para representar o trabalho com meu pai.”
O exemplo do arroz

Dividindo a vitória com seus técnicos e patrocinadores, Bruno Anel destaca em suas entrevistas uma das lições que aprendeu no mundo das artes marciais.

“Graças a Deus, a vitória não é minha, é de toda a galera que vem me ajudando. Vou continuar mantendo os pés no chão. O sensei sempre nos ensina para sermos iguais o arroz. Quanto mais ele cresce, mais abaixa a cabeça. Não é porque tenho cinco nocautes que vou me achar melhor do que ninguém. Vou continuar abaixando a cabeça e ouvindo todo mundo”, finaliza.