Padilha com Edinho Silva
O presidente do PT de São Paulo, deputado estadual Edinho Silva, admite que o partido não pode demorar para definir seu candidato ao governo paulista. Não deverá haver surpresas, segundo Edinho, a escolha será mesmo entre três ministros: José Eduardo Cardozo (Justiça), Alexandre Padilha (Saúde) ou Guido Mantega (Fazenda).
O presidente petista afirma que a construção das alianças passará a ser mais bem definida a partir da escolha do nome. O terreno parece árido já que muitos potenciais aliados ou estão comprometidos com Geraldo Alckmin (PSDB), ou decidiram lançar um nome próprio.
Sobre a recente adesão do PRB ao governo Alckmin, o petista reconhece que foi um movimento ruim para a candidatura do PT, mas diz que será difícil para o novo aliado dos tucanos em São Paulo, que é da base do governo federal, criticar um candidato do partido, cujo nome deverá vir da Esplanada dos Ministérios.
Poder Online – O que o senhor achou da adesão do PRB ao governo Alckmin?
Edinho Silva – Se esse quadro se concretizar é ruim. É um partido da base do governo Dilma, e o nosso candidato com certeza será um ministro. Será difícil para o PRB, que tem ministério e é governo, legitimar críticas a uma liderança que faz parte do mesmo governo. Espero que o PRB possa fazer uma reflexão e entender que ele faz parte de um projeto nacional e que esse projeto será defendido no estado de São Paulo com nossa candidatura ao governo paulista.
Edinho Silva – Se esse quadro se concretizar é ruim. É um partido da base do governo Dilma, e o nosso candidato com certeza será um ministro. Será difícil para o PRB, que tem ministério e é governo, legitimar críticas a uma liderança que faz parte do mesmo governo. Espero que o PRB possa fazer uma reflexão e entender que ele faz parte de um projeto nacional e que esse projeto será defendido no estado de São Paulo com nossa candidatura ao governo paulista.
Muitos potenciais aliados do PT estão comprometidos com a administração Alckmin, casos do PP, PDT, PSB e agora o PRB. Há ainda outros que já definiriam candidatura própria, como PSD e PMDB. O PT vai ficar isolado em São Paulo?
Penso que é muito cedo para fazer esse tipo de análise. Estamos ainda entrando no jogo. Nossa prioridade agora é definir o nome do nosso candidato. É muito difícil definir tática eleitoral, definir política de alianças sem um nome. Esse processo de escolha do nome está próximo. Aí sim teremos condições de sermos mais agressivos na construção da política de alianças. Mas estamos conversando com o PMDB, com o PSD, com o PDT, nos próximos dias vamos conversar com o PC do B. Vamos procurar o PR, o PP. Estamos conversando. Mas só teremos condições de fechar alianças quando definirmos o nome. Tenho conversado muito com o Rui Falcão – pela importância de São Paulo – a construção da tática nacional, a construção da política de alianças nacional terá que envolver São Paulo; aqui define o quadro eleitoral, aqui a eleição nacional pode ser definida, a construção do palanque de São Paulo é prioridade.
Penso que é muito cedo para fazer esse tipo de análise. Estamos ainda entrando no jogo. Nossa prioridade agora é definir o nome do nosso candidato. É muito difícil definir tática eleitoral, definir política de alianças sem um nome. Esse processo de escolha do nome está próximo. Aí sim teremos condições de sermos mais agressivos na construção da política de alianças. Mas estamos conversando com o PMDB, com o PSD, com o PDT, nos próximos dias vamos conversar com o PC do B. Vamos procurar o PR, o PP. Estamos conversando. Mas só teremos condições de fechar alianças quando definirmos o nome. Tenho conversado muito com o Rui Falcão – pela importância de São Paulo – a construção da tática nacional, a construção da política de alianças nacional terá que envolver São Paulo; aqui define o quadro eleitoral, aqui a eleição nacional pode ser definida, a construção do palanque de São Paulo é prioridade.
Houve uma antecipação eleitoral em âmbito nacional. Em São Paulo, temos pelo menos três possíveis nomes já lançados (Geraldo Alckmin, Paulo Skaf e Gilberto Kassab). Quando o PT vai definir seu nome?
Primeiro precisamos ver se os nomes colocados agora serão os mesmos daqui um ano. Respeitamos todos os partidos, mas é muito cedo para definirmos o quadro de 2014. Hoje temos o Alckmin, o PT vai definir em breve, aí estarão definidos os dois principais polos das eleições em São Paulo. A partir dessas definições teremos o início do desenho do quadro que vai se configurar em meados de 14. O PT não pode demorar, em breve teremos nosso nome. Nós não temos a máquina na mão, a nossa vantagem nessa corrida é o tempo e nossa capacidade de organização. Estamos desenvolvendo as caravanas pelo estado, já percorremos 15 regiões; estamos mobilizando o partido, fazendo diagnósticos regionais, vamos regionalizar nosso programa de governo; estamos organizando nossa máquina partidária, vamos fazer dois grandes encontros no estado em agosto, um do interior e outro da região metropolitana de São Paulo. Queremos nesses encontros dar o início à nossa pré- campanha e para isso precisamos ter nosso candidato.
Primeiro precisamos ver se os nomes colocados agora serão os mesmos daqui um ano. Respeitamos todos os partidos, mas é muito cedo para definirmos o quadro de 2014. Hoje temos o Alckmin, o PT vai definir em breve, aí estarão definidos os dois principais polos das eleições em São Paulo. A partir dessas definições teremos o início do desenho do quadro que vai se configurar em meados de 14. O PT não pode demorar, em breve teremos nosso nome. Nós não temos a máquina na mão, a nossa vantagem nessa corrida é o tempo e nossa capacidade de organização. Estamos desenvolvendo as caravanas pelo estado, já percorremos 15 regiões; estamos mobilizando o partido, fazendo diagnósticos regionais, vamos regionalizar nosso programa de governo; estamos organizando nossa máquina partidária, vamos fazer dois grandes encontros no estado em agosto, um do interior e outro da região metropolitana de São Paulo. Queremos nesses encontros dar o início à nossa pré- campanha e para isso precisamos ter nosso candidato.
Fala-se em José Eduardo Cardozo, Alexandre Padilha e Guido Mantega, existe um favorito hoje?
São todos quadros de primeira grandeza. Será um deles.
São todos quadros de primeira grandeza. Será um deles.
Há uma piada que circula na bancada federal de que o PIB poderia definir o candidato petista. Um PIB bom assegura o nome de Mantega?
O Mantega é um quadro fundamental para o nosso governo, ele é o ministro que está enfrentando a crise internacional. O Brasil, mesmo com todos os discursos pessimistas daqueles que torcem contra, é referência para o mundo de como gerar riqueza e distribuir riqueza. Essa crise internacional não é simples, é pior que a de 29, mesmo assim estamos dando os passos certos, sem arroubos e turbulências, e devemos muito ao nosso ministro da Fazenda, que tem muita credibilidade. O Guido vai cumprir a tarefa que mais ajudar na construção do nosso projeto.
O Mantega é um quadro fundamental para o nosso governo, ele é o ministro que está enfrentando a crise internacional. O Brasil, mesmo com todos os discursos pessimistas daqueles que torcem contra, é referência para o mundo de como gerar riqueza e distribuir riqueza. Essa crise internacional não é simples, é pior que a de 29, mesmo assim estamos dando os passos certos, sem arroubos e turbulências, e devemos muito ao nosso ministro da Fazenda, que tem muita credibilidade. O Guido vai cumprir a tarefa que mais ajudar na construção do nosso projeto.
O PT tem tido dificuldades com o eleitor do interior. Como o partido melhora sua performance no interior, onde pautas como Transporte (Metrô e trens) e até a Segurança Pública têm menos impacto que têm na Capital e Região Metropolitana e que parecem ser os pontos mais fracos do atual governo?
Primeiro a pauta não é só essa. E a segurança é um transtorno, sim, no interior. O crime organizado tomou conta do interior, só o governador que não reconhece. A política de expansão do sistema prisional é desastrosa. Hoje temos regiões do interior que foram transformadas com a concentração de presídios. Os problemas com a violência deixaram de ser“privilégio” dos grandes centros urbanos. A política de pedagiamento das estradas paulistas hoje intimida investimentos em muitas regiões, o custo da logística acaba afastando investimentos no interior. Não existe uma política de desenvolvimento regional. Muitas regiões do interior tem esvaziamento demográfico. A falta de perspectiva de futuro levam, principiante os jovens, para as regiões metropolitanas. A educação continua sem projeto, São Paulo não consegue reorganizar a rede pública em torno de um projeto pedagógico qualificado. A expansão do ensino técnico não dialoga com as cadeias produtivas; as universidades tiveram expansão de forma desordenada e sem projeto, o ensino superior não interage com o modelo de desenvolvimento econômico do estado, até porque não existe um modelo de desenvolvimento que combata as desigualdades regionais.
Temos diagnóstico e teremos propostas para o interior, da mesma forma que com o governo Haddad e todas as nossas prefeituras da Grande São Paulo vamos mostrar que é possível ter um modelo de regionalização das políticas públicas que enfrente os graves problemas estruturais da região metropolitana de São Paulo, um modelo que integre as políticas públicas de forma democrática e responda aos problemas de um desenvolvimento urbano desorganizado, em que o estado de São Paulo só assistiu.
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