VEREADOR DE GAVIÃO PEIXOTO JÁ SE ENCONTRA EM LIBERDADE

Vereador de Gavião Peixoto agride ex-mulher e vai preso

Após ocorrência, Paulo José Martins poderá até ser expulso do Partido dos Trabalhadores

19/02/2013 - 11:28
Gabriela Martins

               

Briga com a ex-mulher deu-se na recém-inaugurada lanchonete do vereador (Foto: Gabriela Martins)

Paulo José Martins, de 34 anos, vereador pelo PT em Gavião Peixoto, foi preso após agredir sua ex-mulher, na madrugada de terça-feira.

De acordo com o boletim de ocorrência (BO), os dois discutiram no estabelecimento comercial recém-inaugurado pelo acusado, no Centro da cidade, quando ele passou a agredir a jovem de 29 anos.
Em seguida, teria pegado uma garrafa para acertá-la, mas a mulher tentou segurar o objeto e ambos acabaram se cortando.
Ela sofreu lesões na perna esquerda e na mão direita, além de receber diversas ameaças.
A Polícia Militar (PM) foi acionada e apontou que o vereador estaria em visível estado de embriaguez e com um corte no peito.
Já no Grupamento da PM, Martins ameaçou-a dizendo que, quando fossem para casa, tornaria a agredi-la. Ambos foram conduzidos à delegacia de Gavião Peixoto, onde foi autuado pelo delegado Elton Hugo Negrini, titular do distrito, pelos crimes de violência doméstica, lesão corporal e ameaça.

Foi arbitrada fiança de R$ 5,9 mil, mas sem o pagamento, foi levado à cadeia de São Carlos. O coordenador regional do Partido dos Trabalhadores (PT), André Agatte, afirmou que caso a agressão seja confirmada, o parlamentar poderá ser expulso do partido.
Câmara ainda não foi notificada
O presidente da Câmara de vereadores de Gavião Peixoto, Joel Ribeiro da Silva (PRB), disse que o Legislativo não recebeu nenhum comunicado oficial sobre a prisão. “O problema ocorreu na esfera civil e não parlamentar. Por isso, hoje não podemos tomar nenhuma providência. Essa situação é constrangedora”, afirma.
Histórico

Essa não foi a primeira vez que um vereador foi preso em Gavião Peixoto. Em dezembro de 2010, o então vereador do PDT João Rufino Filho foi preso pela Polícia Civil por manter duas armas, uma delas com numeração raspada. A denúncia foi feita pela ex-mulher depois de uma suposta agressão e ameaças feitas por ele.

Neste caso citado acima o ex vereador provou sua inocência, devido ter sido comprovada que a arma não foi raspada e sim com o tempo, houve uma deteriorização da numeração, e com isso, ele hoje não mais responde pelo referido processo.

Para o comerciante Valter Antônio Laurente, 60, esse tipo de fato suja a imagem da cidade. “Isso repercute mal para o próprio município, que vem crescendo. Afinal, o vereador é representante do povo e não pode dar mal exemplo.”