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sexta-feira, 1 de março de 2013

ALUNOS DA USP FICAM NUS CONTRA GRUPO FEMINISTA

Estudantes realizavam manifestação contra o “Miss Bixete” e foram hostilizadas por estudantes nus


O Miss Bixete 2013, evento de recepção dos calouros da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, começa a ser investigado pela própria universidade. Após o evento, que ocorreu na última terça-feira (26), várias estudantes denunciaram situações vexatórias as quais teriam sido submetidas.
O evento acontece no Centro Acadêmico Armando Salles Oliveira (CAASO), órgão representativo de todos os alunos de graduação da USP São Carlos. Segundo integrantes do grupo Feminista de São Carlos, as calouras são obrigadas pelos veteranos a tirar a blusa, deixando os seios à mostra, ato constrangedor para a maioria das meninas, que apenas se submetem a tal prática para não ficaram taxadas como “chatas e anti-sociais”.
Em seu site, o próprio CAASO condena a prática e afirma que “expor as calouras como 'carnes novas' aos veteranos e submetê-las às brincadeiras pejorativas é, na verdade, reduzir a mulher a um mero objeto de consumo”.
O presidente do Centro Acadêmico, Rafael dos Santos Ferrer, contou que em 2009 tentou proibir a realização do evento dentro do CAASO, mas que os estudantes entraram a força, tornando a situação mais complicada e por isso a direção desistiu de proibir a realização do Miss Bixete.
Em protesto, um grupo feminista organizou uma manifestação no Centro Acadêmico, que contou com a participação de 50 garotas. Durante o manifesto, porém, algumas das manifestantes chegaram a ser agredidas fisicamente por alguns estudantes. Cartazes também foram rasgados pelos universitários. Ainda durante o evento, dois rapazes ficaram pelados mostrando o pênis - um ato de extrema hostilidade contra as manifestantes.
USP vai apurar o caso Em nota enviada a imprensa, a USP informou que as atividades em questão não fazem parte da programação da Semana de Recepção dos Calouros e que a universidade é contra qualquer ação que denigra a imagem dos estudantes.
Ainda de acordo com a nota, como até quinta-feira (28) não houve denuncia de excessos durante a recepção dos calouros o fato era desconhecido. “Ao serem informados, os dirigentes do campus imediatamente tomaram providências para identificar os envolvidos nesse lamentável evento e, posteriormente, promover a abertura de um processo administrativo”, informou.

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