NOSSO TEMPO

www.climatempo.com.br

quarta-feira, 23 de maio de 2012

MORTE DE MILHARES DE ABELHAS EM GAVIÃO: LAUDO APONTA USO DE AGROTÓXICO USADO EM PLANTAÇÕES DE CANA DE AÇUCAR

A mortandade de milhares de abelhas em Gavião Peixoto, veio causar prejuízos de ordem financeira e ambiental, e isso causou o interesse de orgãos de imprensa região, a EPTV (foto) e o G1 esteve na cidade, para dar destaque ao acontecido. E aqui de nossa cidade o único veículo presente foi o Jornal Cidade de Asas, que logo ao saber do fato entrou em contato com a reportagem da Emissora Paulista de Televisão (EPTV Central).

E quando aconteceu a cobertura, mais uma vez o veículo impresso (Jornal Cidade de Asas) estava presente, e assim dando apoio aos apicultores, que a princípio ficaram sem ação, sem ter a quem recorrer, e assim toda união sempre faz a força. E depois de amostra ter sido enviadas para Análise, hoje (23/05) saiu o resultado, e confiram toda reportagem a baixo feita pelo jornalista do *G1 Fábio Rodrigues  (*que pertence ao sistema Globo de Televisão)...leiam a reportagem:

Foto/ Carlos Alberto de Souza- Jornal Cidade de Asas
23/05/2012 16h24- Atualizado em 23/05/2012 16h25

Agrotóxico causou morte de abelhas em Gavião Peixoto, SP, aponta laudo

Inseticida usado em canaviais foi o responsável pelo extermínio dos insetos.
Prejuízo de alguns apicultores com as perdas chega a R$ 20 mil.

Fabio Rodrigues Do G1 Araraquara e Região
O agrotóxico usado para combater cupins nas plantações de cana-de-açúcar foi o responsável pelo extermínio de milhares de abelhas no mês de abril em Gavião Peixoto (SP). O resultado do laudo da análise realizada por um laboratório de Araraquara (SP) foi divulgado nesta quarta-feira (23).
 apicultor José Luís confere o que sobrou da colmeia (Foto: Fabio Rodrigues/G1) O apicultor José Luís confere o que sobrou da
colmeia (Foto: Fabio Rodrigues/G1)
Ao menos três apicultores perderam enxames em 15 dias. As colmeias estavam praticamente cheias, mas as abelhas foram morrendo aos poucos.
“É provável que algumas tenham se alimentado do caldo da cana ou até mesmo mantido contato com o inseticida, o que já seria suficiente para contaminar toda a colmeia”, explica o engenheiro agrônomo Almir Messi.
Duas usinas mantêm terras arrendadas no município de Gavião Peixoto. O secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Karin Raja Cury, pretende enviar o resultado do exame para os representantes das empresas a fim de que providências sejam tomadas. “A princípio, irei me reunir com os produtores na manhã desta quinta-fera (24) para expor a situação”, disse ele ao G1.
Perda total
O apicultor José Luiz dos Santos, que conseguia uma produção de duas toneladas de mel por ano com 90 caixas, perdeu todas as colmeias. Além de afetar a produção, o orçamento da família ficou comprometido, já que esta é a única fonte de renda dele. “Quando vi todas as abelhas mortas, pensei que fosse ter o segundo infarto. É a primeira vez em dez anos de atividade que vi isto acontecer. A gente fica revoltado”, relatou.
saiba mais
Santos ficou com apenas três das 100 caixas de colmeias que mantinha na chácara. Na ocasião, ele contabilizou um prejuízo aproximado de R$ 20 mil, valor que agora pode aumentar, já que foi constatada a contaminação.
“Terei que queimar todas as caixas, caso contrário o novo enxame também morrerá, uma vez que o veneno, geralmente, dura seis meses. Aí, por baixo, vou gastar mais uns R$ 15 mil e começar tudo de novo”, disse.
De acordo com ele, cada colmeia produz a cada seis meses o equivalente a uma lata de 18 litros de mel, cujo valor custa em média R$ 90. Santos vende o produto para a cidade de Boa Esperança do Sul (SP) e outros municípios da região.
Desastre ambiental
Apicultor há 40 anos, Edgar Sampaio (foto) perdeu 30 colmeias. Para ele, o maior prejuízo é o descontrole ambiental que ações como essas causam. "Além das abelhas, outros insetos acabam morrendo, provocando um desequilíbrio enorme na natureza. Isso é muito grave. Fala-se tanto hoje em dia em preservação do ambiente e deixam acontecer uma coisa dessas”, lamenta.
Sampaio, que também é produtor rural, pratica a apicultura por hobby desde os 18 anos. Ele conta que aprendeu o trabalho com o pai, que adorava abelhas. “É um inseto maravilhoso que só traz benefícios ao ser humano. Além da produção de mel, tem a polinização das plantas. Se não são as abelhas, não se colhem grãos e frutos. Mesmo que as borboletas também tenham um papel fundamental nisso, as abelhas ainda são um dos maiores polinizadores que a gente conhece”, ressalta.

    A Secretaria de Agricultura e Meio-Ambiente de Gavião Peixoto recebeu nesta quarta-feira o laudo que investiga a morte de milhares de abelhas há 15 dias no município. Elaborado pela Centerlab Ambiental, a análise encontrou uma substância originada do resíduo de um pesticida, o Fipronil. Com o resultado em mãos, amanhã ás 9 horas haverá uma reunião na Secretaria com os apicultores, para definir os próximos passos da ação.
    Karin Raja Cury (foto), secretário da pasta, afirma que já há um contato com as Usinas, que plantam cana-de-açúcar na região, e que provavelmente não haverá dificuldades em um acordo. “A reunião com os apicultores será justamente para iniciar este diálogo, estamos apenas mediando a discussão”, finaliza  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.