Embraer promove sua imagem na China com jato privado de Jackie Chan
A nova aeronave de Chan (Chen Long, em mandarim) é um Legacy 650, precisamente o modelo que a companhia pretende começar a desenvolver este ano em Harbin, e foi apresentado esta semana na Asian Business Aviation Conference & Exhibition de Xangai.
O avião, decorado com linhas em vermelho e amarelo (as cores da China) que lembram dragões, tem em sua cauda o logotipo do ator, que combina a palavra inglesa "Jackie" com a chinesa "long" ("dragão").
A aeronave, que também apresenta a inscrição "JC Jet", é uma espécie de carro-chefe à hora de captar potenciais clientes no incipiente mercado chinês da aviação privada, que, embora esteja em seus primeiros anos, já chama a atenção de toda a indústria mundial.
O golpe de efeito em poder contar com Jackie Chan como "embaixador" da marca ajudou a fazer o avião "muito bem recebido" na feira de Xangai, comentou à Agência Efe o vice-presidente de Operações da Embraer, Marco Túlio Pellegrini.
Ator Jackie Chan compra jatinho da Embraer e visita o Brasil
Foto 1 de 11 - O ator Jackie Chan visita a sede da Embraer, em São José dos Campos (SP), nesta sexta-feira (3), para retirar seu jato Legacy 650. A aeronave foi adquirida por US$ 30 milhões. O ator de Hollywood também selou uma parceria para ser embaixador da marca Embraer Executive Jets na China, onde a aviação executiva deve movimentar US$ 21 bilhões nos próximos dez anos Raquel Guimarães/UOL
A Embraer vende na China desde 2000 e está presente no país com um escritório em Pequim e uma empresa mista em Harbin desde 2002, onde agora depende de aprovação para poder desenvolver também o Legacy 650 apresentado na feira de Xangai, junto a outro de seus produtos emblemáticos, o Lineage 1000.
No total, há por enquanto 110 aeronaves da companhia em operação na China, integradas nas companhias aéreas do gigante asiático, em geral, para voos regionais, mas já foram vendidos outros 18 jatos privados, dos quais três já foram entregues.
A cada ano a percentagem das vendas totais da Embraer na China "é muito significativa, passa de dois dígitos, pode ser 10%, 20% ou 30%, depende do ano", acrescentou Pellegrini.
Embora haja apenas cerca de 200 aviões privados registrados em todo o país, a "China continua crescendo e, sem dúvida nenhuma", se transformará em um dos maiores mercados do mundo, comparável a EUA e União Europeia (UE), previu o executivo.
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