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domingo, 27 de setembro de 2015

VEJA GAVIÃO PEIXOTO E OUTRAS CIDADES NO INDÍCE 'IVS' SEGUNDO IPEA

Boa Esperança do Sul é a cidade com maior vulnerabilidade social na região

Taxas de analfabetismo e de crianças fora da escola pesaram no município.
Santa Cruz da Conceição possui o melhor perfil, com IVS 0,14, aponta Ipea.

 Boa Esperança do Sul possui a maior vulnerabilidade social entre as 42 cidades cobertas pela EPTV Central, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O município tem Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) 0,33, maior do que a média nacional, de 0,32. Já Santa Cruz da Conceição possui o melhor perfil da região, com 0,14. Veja na tabela abaixo cada uma das taxas.
LocalIVS 2000IVS 2010
Brasil0,440,32
Aguaí0,360,28
 Águas
da Prata
0,240,18
Américo0,360,26
Analândia0,250,19
Araraquara0,260,17
Araras0,250,18
Boa Esperança0,430,33
Brotas0,310,19
Caconde0,370,26
Casa Branca0,250,17
Conchal0,310,19
Corumbataí0,270,15
Descalvado0,270,19
Divinolândia0,30,25
Dourado0,350,26
Gavião Peixoto0,330,23
Ibaté0,360,29
Itirapina0,320,27
Itobi0,30,19
Leme0,390,3
Matão0,350,24
Mococa0,310,21
Motuca0,270,22
Nova Europa0,320,24
Pirassununga0,270,18
Porto Ferreira0,30,22
Ribeirão Bonito0,340,24
Rincão0,370,22
Rio Claro0,230,15
Sta. Cruz da Conceição0,180,14
Sta. Cruz das Palmeiras0,360,28
Santa Gertrudes0,240,16
Santa Lúcia0,370,31
Sta. Rita do Passa Quatro0,250,2
São Carlos0,250,18
São João da Boa Vista0,250,16
São José do
Rio Pardo
0,260,19
São Sebastião da Grama0,310,2
Tambaú0,320,22
Tapiratiba0,240,16
Trabiju0,380,29
Vargem Grande do Sul0,40,29
Os dados foram divulgados pelo Ipea na última semana e trazem comparações com dados de 2000 que mostram que, na região, todas as cidades melhoraram seus índices. No levantamento passado, Rincão, tinha IVS 0,37 e chegou a 0,22, uma redução de 0,15. Brotas (0,31 para 0,19), Conchal (0,31 para 0,19) e Corumbataí (0,27 para 0,15) foram outros municípios com quedas expressivas.
Boa Esperança também reduziu seu índice entre 2000 (0,43) e 2010, mas, ainda assim, alguns fatores pesaram na conta. Entre eles: 35,46% de crianças em domicílios em que ninguém tem fundamental completo (a média nacional é de 30,39%), 58% de crianças de 0 a 5 anos fora da escola e a taxa de analfabetismo de 10,63 (a média nacional é de 9,61).O IVS varia entre 0 e 1 e, quanto mais próximo a 1, maior é a vulnerabilidade social. De 0 a 0,2, considera-se que a vulnerabilidade é muito baixa; valores entre 0,201 e 0,3 indicam vulnerabilidade baixa; IVS entre 0,301 e 0,4 aponta para média vulnerabilidade e, entre 0,401 e 0,5, alta vulnerabilidade. Qualquer valor entre 0,501 e 1 indica que o município possui muito alta vulnerabilidade social.
Entenda
O IVS é construído a partir de indicadores do Atlas do Desenvolvimento Humano (ADH) no Brasil e procura dar destaque a situações de exclusão no território nacional, em uma perspectiva que vai além da identificação da pobreza como insuficiência de recursos monetários. Dessa forma, ele complementa o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e fornece informações que podem ser usadas pelos governantes para a criação ou aperfeiçoamento de políticas públicas mais sintonizadas com as reais necessidades locais.
Para isso, são considerados 16 indicadores estruturados em três dimensões – infraestrutura urbana, capital humano e renda e trabalho – e entendidos como fatores que deveriam estar à disposição da população. “Nesta medida, este índice foi pensado para dialogar com o desenho da política social brasileira, uma vez que atesta a ausência ou insuficiência de ‘ativos’ que, pela própria Constituição Federal de 1988, deveriam ser providos aos cidadãos pelo Estado, nas suas diversas instâncias administrativas”, explica o Atlas da Vulnerabilidade Social.
Assim, em infraestrutura urbana, são considerados o percentual de pessoas em domicílios com abastecimento de água e esgoto inadequados, a porcentagem da população que vive em domicílios urbanos sem serviço de coleta de lixo e a taxa de moradores que vivem em imóveis com renda per capita inferior a meio salário mínimo e que gastam mais de uma hora até o trabalho. 
Em capital humano, o Ipea analisa a mortalidade até um ano de idade, o percentual de crianças de 0 a 5 anos que
não frequentam a escola, o percentual de pessoas de 6 a 14 anos que não frequentam a escola, a porcentagem de mulheres de 10 a 17 anos de idade que tiveram filhos, o percentual de mães chefes de família e sem ensino fundamental completo, a taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais, o percentual de crianças que vivem em domicílios em quenenhum dos moradores tem o ensino fundamental completo e o percentual de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam, não trabalham e possuem renda domiciliar per capita igual ou inferior a meio salário mínimo.
Por fim, em renda e trabalho, o levantamento mede a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita igual ou inferior a meio salário mínimo, a taxa de desocupação da população de 18 anos ou mais, o percentual de pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental completo e em ocupação informal, a porcentagem de pessoas em domicílios com renda per capita inferior a meio salário mínimo e dependentes de idosos, e a taxa de atividade das pessoas de 10 a 14 anos.

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