Márcia Lia, pré candidata do PT a uma vaga na ALESP, que recentemente esteve em Gavião, foi entrevistada no Programa do Magdalena, e as entrevistas vão ter continuidade.
Márcia Lia (PT), ex-vereadora e pré-candidata a deputada estadual , foi a segunda entrevistada do período pré-eleitoral pelo Jornal da Cidade, da Rádio Morada do Sol, e Portal SIM!News.
Ao vivo, Márcia Lia falou sobre as circunstâncias que a levaram a assumir a pré-candidatura, os compromissos que pretender apresentar durante a campanha e sobre o futuro político de Araraquara. Segundo ela, caso eleita, a tendência é que ela permaneça na Assembleia Paulista e abra espaço para o retorno de Edinho Silva no cenário local.
A pré-candidata, no entanto, evita ser enfática quanto ao seu futuro e do colega deputado.
Quais são os planos que você deseja implementar como deputada estadual caso seja eleita nas próximas eleições?
Márcia Lia – Eu represento um projeto político que vem sendo capitaneado no país pela presidenta Dilma. No Estado de São Paulo, esse projeto será representado pelo ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pré-candidato do PT para o Governo do Estado. Na região de Araraquara, nosso representante maior é o deputado estadual Edinho Silva, que já governou Araraquara por oito anos.
Eu estive com o Edinho por oito anos na Prefeitura. Ajudei no Orçamento Participativo e fui secretária de Governo. Em seguida, a pedido do Edinho, fui candidata a vereadora e fiz um trabalho reconhecido que me levou a disputar a prefeitura, em 2012 ,quando obtive uma vitória política significativa, com mais de 41 mil votos.
Sou de origem muito humilde, da qual me orgulho muito, e que me permite conhecer a sociedade em todas as suas vivências.
Hoje, eu represento um projeto político que tem modificado a vida de milhões de brasileiros por esse país e é esse projeto que eu pretendo, aspirando uma cadeira na Assembleia Legislativa de São Paulo, continuar desenvolvendo, garantindo recursos para as santas casas, articulando um desenvolvimento regional significativo. Temos cadeias produtivas na nossa região que orientam pesquisas importantes. Nosso enfoque será esse: o desenvolvimento da regional e o aproveitamento das possibilidades de crescimento do ponto de vista econômico, ambiental, social e político da região.
Mesmo com essa trajetória política, o seu nome não estava colocado na disputa até o começo do ano, quando o deputado Edinho Silva seria candidato a deputado federal e apoiaria o ex-prefeito de Matão, Adauto Scardoelli, para a Assembléia Paulista. Só depois da desistência do Edinho ‘e que seu nome surgiu na disputa e, mesmo assim, enfrentou resistência de uma ala do PT que defendia o nome do vereador Édio Lopes. Qual a leitura que você faz dessa situação?
Márcia Lia – Essa situação foi de minha escolha. Eu dialoguei com o Edinho, desde o final da minha campanha para prefeita. Na época, combinamos que eu ficaria na expectativa das decisões regionais. Então, eu não coloquei meu nome como pré candidata a deputada estadual.
Depois, assumi o Partido dos Trabalhadores, eleita presidente da legenda por um consenso dos vários grupos do partido, o que reforçou o meu distanciamento do debate para 2014. Mas chegou um determinado momento, pela minha trajetória, em decorrência do convite feito pela presidente Dilma ao Edinho, que assumiu a tesouraria da campanha dela, em que ele próprio me chamou no dia 10 de fevereiro e disse: “Márcia, nosso projeto político precisa de você”.
Durante muito tempo, nas reuniões da Executiva do partido, eu coloquei a posição que eu não seria candidata, mas que estaria disponível caso o PT precisasse de mim. O Édio me dizia que se eu não fosse candidata, ele aceitaria concorrer. Então, eu o incentivei a construir sua candidatura. Só que com um capital político de quase 42 mil votos, meu nome passou a ser defendido e, nessa conjuntura, aceitei desafio de participar da disputa eleitoral.
Por um momento, inclusive, houve a possibilidade de eu colocar meu nome para a Câmara Federal. Mas, depois de uma conversa com o Adauto (ex-prefeito de Matão), intermediada pelo presidente Lula, foi estabelecido que eu seria estadual e ele, federal. Hoje, não há mais problemas, nem por parte do grupo do vereador Édio Lopes.
Caso seja eleita, desistiria do mandato de deputada estadual para concorrer a Prefeitura de Araraquara ?
Márcia Lia – Eu estou assumindo essa candidatura a deputada estadual de forma muito séria. Edinho e eu dialogamos sobre esse assunto. Ele inclusive, disse que tem muita vontade de governar Araraquara novamente, isso me deixou muito confortável. A posição do PT é sempre de acordo com o que a população entende que seja bom pra ela.
Eu acredito que dentro de dois anos teremos de volta a militância do companheiro Edinho Silva em Araraquara. O desejo dele de voltar a governar é bastante grande. Nesse cenário, eu continuaria como deputada, caso seja eleita, ajudando o Edinho e, principalmente, ajudando o Padilha.
Qual a avaliação que você faz hoje do Estado de São Paulo?
Nos percebemos no estado de São Paulo a necessidade de mudanças em vários aspectos, como, por exemplo, na educação e na política de pedagiamento. É preciso modificar a forma com que a saúde tem sido custeada pelo estado. Sofremos com uma educação fragilizada, vivendo uma violência desmedida nas escolas, na qualidade do ensino, com professores desmotivados e com baixos salários. Queremos implantar medidas importantes para mudar a vida da população.
Se São Paulo fosse uma nação independente, seria a 18ª economia do mundo. Como pode essa potência pagar salários tão baixos para professores e policiais? O Brasil precisa de reforma política, reforma fiscal, tributária e muitas outras em que o governo de São Paulo seja um elo importante para essas mudanças. É nisso que eu acredito e é por isso que eu estou na política.
Como deputada, serei a mesma pessoa aguerrida que tenho sido na defesa dos trabalhadores e contribuindo com a cidade de Araraquara, como faz o deputado Edinho Silva, porque o nosso projeto político é o mesmo.
Na próxima segunda-feira (9), o Jornal da Cidade entrevista Edna Martins (PV), vereadora e pré-candidata a deputada federal.
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