No dia 30 de outubro de 2007, o Brasil foi confirmado como sede da Copa do Mundo de 2014. As autoridades brasileiras comemoraram muito a escolha e o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, assegurou que tudo estaria pronto para a grande festa do futebol mundial. Quase sete anos se passaram e o torneio começa nesta quinta-feira, com o jogo entre a Seleção Brasileira e a Croácia, na Arena Corinthians, em São Paulo. Porém, o clima ainda não é de festa. Isso porque as incertezas sobre falhas na organização e temores de violentos protestos, semelhantes aos vistos na Copa das Confederações do ano passado, tiram um pouco do brilho do encontro entre a Copa do Mundo e o País do Futebol.
"Não tenho dúvidas de que esse encontro será um grande sucesso, uma grande festa. O torcedor brasileiro sabe o que representa ter uma Copa do Mundo em seu país e vai corresponder ao que se espera deste alegre povo", disse Joseph Blatter, presidente da Fifa.
O otimismo de Blatter contrasta com o clima das ruas. Em algumas cidades, como no Rio de Janeiro, palco da grande decisão, encontrar ruas pintadas não chega a ser uma tarefa fácil, algo pouco comum se compararmos a edições anteriores. Algumas FanFestas, eventos populares organizados pela Fifa, foram canceladas e no exterior turistas acusaram o golpe das imagens que correram o mundo no ano passado, durante a Copa das Confederações. Apesar disso, os ingressos foram vendidos em sua maioria.
Parte dos protestos da população se referem ao legado que a Copa vai deixar. Outros criticam a falta de investimento em setores importantes, como saúde e educação.
Seleção Brasileira espera apoio
Apesar de todo o clima negativo que ronda a Copa do Mundo, os jogadores da Seleção Brasileira esperam contar com o apoio da população. No dia da apresentação do elenco alguns grevistas foram protestar no Rio de Janeiro, inclusive colando adesivos no ônibus da delegação.
O fato acabou repercutindo entre os integrantes da Seleção Brasileira. Não se sabe se os jogadores poderão se posicionar sobre eventuais protestos durante o Mundial. No ano passado, durante a Copa das Confederações, eles manifestaram apoio à luta popular via redes sociais.
Certo é que os integrantes da Seleção Brasileira esperam ter, pelo menos, o apoio do povo durante os jogos. "A Seleção Brasileira é um patrimônio cultural e esportivo do país. Ninguém está contra a Seleção Brasileira. Tenho certeza de que teremos o apoio de todos", afirmou o coordenador Carlos Alberto Parreira.
Superando fantasmas
Única equipe pentacampeã do mundo, a Seleção Brasileira pode aproveitar o fator campo para abrir vantagem. Os brasileiros são perseguidos de perto pela Itália, que tem quatro conquistas, enquanto que a Alemanha foi campeã em três ocasiões. Porém, para confirmar essa condição, os brasileiros terão que superar o temido Fantasma da Copa do Mundo de 1950. Naquela ocasião os canarinhos chegaram à decisão como favoritos e, em um Maracanã lotado, perderam de 2 a 1. "Eu gostaria muito de ter uma final entre a Seleção Brasileira e o Uruguai, pois aí teríamos a possibilidade de nos vingarmos do que aconteceu na Copa do Mundo de 1950", disse Pelé.
Ainda citando outras equipes que chegaram ao topo, Argentina e Uruguai deram a volta olímpica duas vezes, enquanto que Espanha, Inglaterra e França ergueram o caneco uma vez.
SimNews Araraquara
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