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sexta-feira, 4 de novembro de 2011
ESTE ESPAÇO É APARTIDÁRIO, A SERVIÇO DE NOSSA GENTE!
Todos que forem entrevistados do GPX on line aqui estarão, o primeiro é o Gustavo Piccolo.
Filho de Hamilton Piccolo e Dulcelina Martins Piccolo nasceu em Araraquara e lá morou até os quatro anos. Gustavo salienta que sobre este período não lembra absolutamente nada, mudou para Itápolis, cidade que ficou até completar 8 anos. “Também me recordo muito pouco desta etapa, a não ser por breves retratos iconográficos. Sei que vinha sempre para Gavião aos finais de semana na casa de meus avós, mas as imagens são longínquas e de difícil recuperação mnemônica” comenta Piccolo.
GPX ONLINE: A partir daí você pode traçar como foi sua infância até os dias de hoje?
Gustavo: Minha biografia, partindo do pressuposto que a vida começa onde efetivamente lembramos de nossos atos, inicia a ser desenhada na cidade de Nova Europa. Dos 8 aos 18 anos aquela foi minha morada de segunda a sexta. Aos sábados e, fundamentalmente, aos domingos estava sempre em Gavião. Meu avô (Paulo Piccolo), ainda vivo à época, possuía um mercado na cidade, hoje casa de rações. Mas, no fundo o que mais gostava era de estar junto com a família de minha mãe. Meus avós maternos já haviam falecido, contudo, existia uma verdadeira penca de primos (são tantos que é difícil enumerar) com os quais jogava bola na rua em que até hoje mora minha tia Odila e Edmundo e, em algumas vezes, no campo municipal.
Dessa época eu me lembro bem, do dedão estropiado todo domingo, da canela roxa e joelho ralado. Da bola na casa da Dona Vani, etc. Na minha adolescência descubro minha maior paixão, o basquete, prática esportiva que me encanta até os diais atuais e responsável por alguns dos melhores amigos que cultivo em minha vida.
Como toda boa adolescência é desta época que acabo por formar meus principais gostos e costumes. Sou tranquilo, gosto de filmes, mulheres, esportes e literatura, não muito diferente do que a imensa maioria dos garotos. Nada muito especial. Do que não gosto.... Detesto ver o Palmeiras perder, embora esteja virando uma desagradável rotina (o time ruim), e também de perder. Sou competitivo ao extremo. Esses costumes, formados há mais de uma década, são mantidos intactos. Nada a retirar.
Passemos agora para a idade adulta, já vivida nesta cidade. Mudei para Gavião com 18 anos, mas foi uma mudança um tanto quanto simbólica. Já havia entrado na UFSCar para cursar Educação Física, sendo assim, me dividi de segunda a sábado em São Carlos e aos domingos em Gavião, dia em que visitava meus pais, tios e ia a igreja, prática que guardo até os dias atuais. Quem quiser me achar é muito fácil, estou todo domingo das 19h30min as 21h00min na missa, agora comandada pelo padre Ériko. Voltando a formação acadêmica. Concluo a licenciatura em Educação Física em 2005, o bacharelado em 2006.
Os dois últimos anos de curso representam uma mudança brusca em minha vida. Do esportista e ex-jogador de basquete nasce o apaixonado pelas leituras. Em 2006 adentro na rede estadual de ensino, cidade de Araraquara, para ministrar Educação Física e também no mestrado em Sociologia da Educação (a preocupação com a Educação Física havia ficado para trás, agora estudava Política, Antropologia, Filosofia e Sociologia), intensificando ainda mais os estudos. Defendo minha dissertação sobre preconceito em 2008, ano em que deixo as fronteiras do país para me tornar durante um período de 4 meses pesquisador visitante na Universidade Autônoma de Barcelona (Espanha) e na Universidade de Coimbra (Portugal). Concomitante a essa época, começo a produzir artigos para importantes periódicos, além de ministrar palestras, aulas presenciais e a distância em universidades das mais distintas regiões, do norte ao sul. Das públicas (como a UFSCar) às particulares.
Em 2009 inicio meus estudos de doutorado também na UFSCar, agora investigando a Sociologia da Educação Especial, temática nova e de base londrina. Atualmente me encontro no estágio final do doutorado. Hoje, além de professor efetivo da rede estadual em Araraquara e substituto na Conselheiro Gavião Peixoto, sou parecerista das revistas acadêmicas Motriz; Revista Brasileira de Educação Física; Psicologia e Sociedade; Educação e Sociedade e Revista Educação Especial. Possuo 2 livros, 21 artigos científicos, escritos em português, inglês, espanhol, francês e catalão, e ainda duas cartas de aceitação de estudos pós-doutorais, uma na Oxford University e outra na Univesity of London (ambas na Inglaterra). Creio que seja isso.
GPX ONLINE: Como recebeu a sugestão do seu nome ao cargo de prefeito?
Gustavo:Com surpresa, mas intensa alegria pela confiança depositada e sabedor dos desafios que se avizinham em tal contenda. A escolha foi tomada no seio do quadro do partido - PHS (Partido Humanista da Solidariedade) e representa uma vontade coletiva. Sei que o caminho é tortuoso e repleto de desafios, entretanto, não tememos galgar suas escarpas abruptas. Preparei-me intensamente para tanto e sei que posso exercer a função com a máxima dignidade e, mais do que isso, colocando o bem do coletivo, acima de qualquer interesse.
GPX ONLINE: Em que área Gavião Peixoto está mais carente de mudanças?
Gustavo:Como município recém-emancipado e ainda em sua adolescência, Gavião Peixoto apresenta várias carências. Listá-las aqui seria um exercício demasiado extenso. Seria mais coerente e adequado, configurar a apresentação de alguns pontos específicos. Primeiramente, precisamos de vida social intensa, mais cultura, lazer, diversão e convivência em comunidade. É inadmissível que os jovens da cidade, caso queiram sair à noite (e a maioria quer, sou jovem e sei disso), tenham de se deslocar sempre para outras localidades, apenas para citar o exemplo mais gritante. Segundo, precisamos de um serviço público de excelência e isto não se consegue sem que os funcionários, principalmente os concursados, sejam de fato valorizados em termos materiais e subjetivos, econômico e cultural, ainda que tais se relacionem em tons dialéticos. Terceiro, e o mais importante, se faz urgente colocar o coletivo a frente de todos os interesses. É preciso enriquecer o povo, com cultura, trabalho, educação, arte e serviços públicos de excelência, além do fortalecimento político local. Um governo do povo, pelo povo e para o povo, equação jamais resolvida ao longo da história de Gavião Peixoto, cansada de ser utilizada por objetivos interesseiros e egoístas e, portanto, carente da necessidade de um novo tempo real, democrático e sensível em cada lar deste município.
GPX ONLINE: De que forma essas carências apontadas podem ser resolvidas?
Gustavo: A pergunta é extremamente complexa e a resposta, por incrível que pareça, simples. Seriedade, responsabilidade, desprendimento pessoal, ética e respeito ao povo, do cidadão mais simples, ao mais abastado. Pensar no coletivo antes de tudo e, jamais, se comprometer a ganhar uma eleição a qualquer custo, pelo dinheiro, poder ou promessas vazias que lesam o povo posteriormente. Pode parecer demasiado pueril, mas, Gavião jamais teve um candidato eleito que, de fato e direito, tomou estas questões como norteadoras do ser político em essência, para nos valermos de um termo do genial Florestan Fernandes, importante sociólogo e político brasileiro.
GPX ONLINE: Algum assunto que você gostaria da abordar como prioritário em sua possível campanha?
Gustavo: Claro. Respondo esta pergunta com outra pergunta. Qual a maior riqueza de nossa cidade? Muitos dirão as obras monumentais, a cana, a laranja, a nossa natureza como aponta nosso brasão. Respondo de forma diferente: Nossa maior riqueza são as pessoas que aqui habitam. Os pequeninos que anseiam um futuro melhor. Seus pais que trabalham o dia todo e precisam de uma cidade mais vibrante, menos egoísta e, acima de tudo, que pense neles, com possibilidades efetivas de emprego que transcendam estabelecidos hodiernamente. Os jovens que imploram por vida social, parcela esquecida e lembrada apenas em anos eleitoreiros. Os funcionários, que precisam ser valorizados e incentivados. Não se trata de aumentar o número ou prometer novas contratações. Isso não o faremos, seria indigno de quem proclama mudança e equidade! Queremos cuidar bem dos que lá se encontram e oferecer todas as condições para o desenvolvimento do melhor trabalho possível, pois afinal de contas, o verdadeiro patrão é a população. Queremos e podemos ter uma cidade mais humana e solidária.
GPX ONLINE: Deixe uma mensagem aos nossos internautas?
Gustavo: Caros colegas, não temos dinheiro, tampouco padrinhos políticos tradicionais. Não compraremos votos, nem vantagens pessoais e nem negociamos o futuro de nossa cidade. Para muitos, isso pode ser um empecilho, para nós, é marca incondicional de liberdade. Sinal de nossa diferença e compromisso com o povo e o seu bem-estar. Queremos ser ouvidos pelas ideias e a proposta de uma nova postura política, inclusiva, com justiça social e zelo pelo erário público, fonte de todas conquistas. Aos que desejarem moralidade política e administrativa, transformação com responsabilidade, ética e dedicação, estaremos de braços e coração abertos, para juntos, construirmos pelas urnas, uma Gavião de cara nova!
Bate-Bola
Data de Nascimento: 08 de Julho
Amigo: Meu pai
Banda: U2
Cantor: Chico Buarque
Música: MPB
Defeito: Extremamente competitivista
Esporte: Basquete
Time: Palmeiras
Filme: Gladiador
Herói: Che Guevara
Nunca: entender a desigualdade e miséria como natural
Odeio: o preconceito e a arrogância dos que estão no poder
Loucura: ah, isso eu não posso contar
Qualidade: Dedicado, íntegro
Signo: câncer
Último desejo: que a fome seja finalmente extirpada da humanidade.
Um Lugar: Vou citar três: Barcelona (beleza histórica); Monte Roraima (beleza natural) e Gavião Peixoto (recôndito de minha paz espiritual). Todos marcantes em minha vida.
Homem Bonito: Meu pai (se falar outro a galera vai pegar no meu pé)
Mulher Bonita: Ellen Roche
Homem Inteligente: Leonardo Da Vinci
Mulher Inteligente: Minha mãe (é curioso falar, mas com seu pouco estudo resolve todas as questões de casa. Qualquer problema lá está ela. É uma inteligência prática de fino trato e que me encanta)
Frase de Vida: Me permita citar três, pois são complementares, todas do herói supracitado: “Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira”; “Os grandes só parecem grandes porque estamos ajoelhados”; “Sonha e serás livre de espírito... luta e serás livre na vida”
Uma mensagem para o futuro: Gavião está na hora de mudança. Não basta ser alado e permanecer preso em uma inescapável gaiola. Levantemos. Aqueles que estão no poder não deterão a próxima primavera. Lutem conosco.
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